".. A música e os pássaros têm muito em comum, é que não conhecem fronteiras, não há lei que os impede navegar ao redor do mundo .. a música começa onde termina a linguagem, porque exprime o inexplicável .."

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Raphael Rabello - Raphael Rabello (1988)

01 - Lamentos do morro
02 - Jorge do Fusa
03 - Pedra do Leme
04 - Comovida
05 - Ainda me recordo
06 - O vôo da mosca
07 - Graúna
08 - Retrato de Ernesto Nazareth
09 - Nosso choro
10 - Escovando
11 - Desvairada
A história musical brasileira não pode ser contada sem lembrar de Raphael Rabello, um dos maiores músicos que esse país já teve.  Por isso, decidi iniciar nesse universo dos blogs fazendo uma homenagem  a esse virutoso violonista que o Brasil perdeu precocemente. 


"Tido com um dos maiores virtuoses do violão atual, Raphael nasceu no dia 31 de outubro de 1962 no seio de uma família grande e musical. Só começou a tocar violão aos 12 anos, mas em seguida formou o conjunto Os Carioquinhas, especializado em choro.

Progrediu sua arte depois que teve aulas com o lendário Dino 7 Cordas, com quem gravaria um LP em 1991 e dedicou um tempo a esse instrumento, recebendo o apelido de Rafael 7 Cordas.

Considerado um gênio do violão (6 e 7 cordas), Raphael esteve presente em shows e gravações dos maiores nomes do choro e do samba, como Elizeth Cardoso, Altamiro Carrilho e Radamés Gnattali, de quem foi seu discípulo dileto. Por isso lançou em 1986, o álbum "Raphael Rabello interpreta Radamés Gnattali".

Em 1989, teve um acidente de carro que resultou fraturas múltiplas no braço direito que quase colocou sua carreira em risco. Porém, quatro meses depois o violonista estreava o show "Todo Sentimento" ao lado de Elizeth Cardoso. Fez muito sucesso de público ao gravar com Ney Matogrosso em 1990, "À Flor da Pele".

Realizou vários trabalhos de parcerias musicais, como os com Paulo Moura(Dois Irmãos), Deo Rian e Romero Lubambo. Suas interpretações para clássicos do choro como "1 x 0" (Pixinguinha) e "Desvairada" (Garoto) são consideradas antológicas.

Em 1992 lançou um disco-tributo a Tom Jobim, "Todos os Tons", com participações de Paco de Lucia a Jacques Morelenbaum e do próprio Jobim. Foi um dos mais requisitados violonistas dos anos 80 e 90, famoso por aliar técnica impecável à sensibilidade interpretativa, em qualquer estilo, fosse erudito, choro, flamenco ou bossa nova.

Sua morte precoce aos 32 anos, no dia 27 de abril de 1995, acabou retirando de nós muito da genialidade e virtuosismo do violão brasileiro."
(Do site clubedejazz.com.br)

Talvez as impressões de Paco de Lucia e de Pat Metheny sobre Raphael Rabello sejam suficientes para demonstrar a genialidade desse brasileiro.

"O melhor violonista que eu já ouvi em anos. Ele ultrapassou as limitações técnicas do violão, e sua música vinha progressivamente de sua alma, diretamente para os corações de quem o admirava."(Paco de Lucia)




"Raphael Rabello foi simplesmente um dos maiores violonistas que já existiu. Seu nível de introspecção no potencial do instrumento só foi alcançado, talvez, pelo grande Paco de Lucia. Ele foi ‘o’ Violonista Brasileiro de nosso tempo, na minha opinião. Sua morte ainda tão jovem é uma perda incrivelmente dolorosa, não apenas pelo que ele já tinha feito, e sim pelo que ele poderia vir a fazer." (Pat Metheny)





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