".. A música e os pássaros têm muito em comum, é que não conhecem fronteiras, não há lei que os impede navegar ao redor do mundo .. a música começa onde termina a linguagem, porque exprime o inexplicável .."

quarta-feira, 26 de março de 2014

ALAN PARSONS O MAGO POR TRÁS DA LUA

A música hoje em dia é desnecessariamente alta, diz Alan Parsons

O músico Alan Parsons
  • O músico Alan Parsons
Ele é o engenheiro de som mais famoso do mundo, e parece ter incorporado os ensinamentos do compositor e teórico John Cage, que propagandeava o potencial musical do silêncio. Lacônico, de respostas frias e monossilábicas, Alan Parsons tem seu toque de midas eternizado em alguns dos monolitos do rock --"Abbey Road" e " Let It Be", dos Beatles, e "The Dark Side of the Moon", do Pink Floyd, estão entre eles.

Fundador do Alan Parsons Project anos 1970 e atualmente com sua banda solo, o músico volta ao Brasil para uma apresentação única em São Paulo, nesta sexta (28), no HSBC Brasil.

No repertório, estarão velhos hits do que ele mesmo define como um curioso e bem arranjado "pop progressivo". "Time", "Eye In The Sky" "The Raven" , "I Robot" e várias outras peças de um tempo em que o som dos discos priorizava a profundidade e os detalhes dos instrumentos, em detrimento do mais alto volume, como é a praxe nos dias de hoje.

"Concordo totalmente com isso. E é por isso que nós gravamos até hoje de forma analógica, tradicional. Hoje em dia parece que todos querem provar que seus discos são mais altos do que os dos outros. Isso realmente não é necessário", diz Parsons por telefone ao UOL.

Para o Phd das mesas de som, existiria, então, uma estratégia para a "gravação perfeita"?  "Não há uma fórmula mágica. É preciso experiência e entender o que é o rock. Certos produtores e engenheiros podem trabalhar e, com o tempo, desenvolver seu estilo, mas sempre vai faltar algo. Ninguém nunca pode ser perfeito."

A perfeição, no entanto, é frequentemente associada aos discos nos quais trabalhou, antes de formar sua própria banda e experimentar o sucesso comerical. Parsons lida de forma natural (quase com indiferença) com a invejável oportunidade de dividir estúdio com Lennon, McCartney, Roger Waters e David Gilmour.

"Não havia diferenças em trabalhar com essas bandas. Na época dos Bealtes eu era apenas um 'trainee', aprendendo a ser um engenheiro. Mas eu estava lá. Já fazer o 'Dark Side' foi uma grande alegria, uma oportunidade incrível. Todos gostavam uns dos outros e estavam felizes na época. Aprendi com o Roger [Waters] o senso de unidade, de trabalhar em equipe. E era muito bom fazer parte daquele time."

Embora há anos afastado das paradas de sucesso, Alan Parsons segue como influência inconsciente no universo pop. Praticamente Impossível não lembrar da produção caprichada ao estilo AOR de  'Eye In the Sky'  ao ouvir  "Instant Crush", do Daft Punk com o vocalista Julian Casablancas.

"Não escuto música quando estou em casa. Mas às vezes vejo o que estão fazendo. Outro dia vi o Daft Punk no Grammy. Gosto do que eles fazem, são ótimos. As pessoas dizem que eles são influenciados por mim. O que você acha?"

Diante da resposta "em cima do muro" do repórter, Parsons sinaliza o que considera o elo de sua música com a da atual geração, que aprendeu a consumir música por meio de downloads. Uma espécie de retorno à era dos singles e compactos, que jamais caíram em desuso em sua Inglaterra natal.

"A verdade é que hoje em dia eu não vejo mais a necessidade de fazer um disco 'cheio'. Em vez disso preferimos colocar, aos poucos, uma música ou duas para download. Acho que isso é o que as pessoas querem hoje em dia", afirma o músico, que não lança um álbum completo desde 2004, com "A Valid Path".

sexta-feira, 14 de março de 2014

A MELHOR BANDA DE HEAVY DO BRASIL EM SAMPA!!!

Dark Avenger: mais informações sobre o show de São Paulo

A Rossom Records e a Brasil Music Press comunicam os fãs das bandas Dark Avenger, Pastore e Zaltana que a venda de ingressos físicos terminará nesta quinta-feira (11), na loja Animal Records, mas que as vendas no site da Ticket Brasil continuam até o dia do evento. Os fãs também podem comprar seus ingressos na porta da Clash Club, no dia 15 de março, em São Paulo.
Outra novidade é a divulgação do horário e o tempo de cada banda no evento, como segue o cronograma abaixo:
Abertura da casa (17h30)
Zaltana (18h – 18h55)
Pastore (19h10 – 20h10)
Dark Avenger (20h30 – 22h30)
Confira o provável set-list de São Paulo:
01. Tales of Avalon
02. Crown of Thorns
03. Doomsday Night
04. Golden Eagles
05. Morgana
06. Stronger Than Death
07. The Night on The Hill
08. Broken Vows
09. Father To Son
10. And So Be It
11. As The Rain
12. Can You Feel It
13. Caladvwch
14. The Thousand Ones
15. Rebellion
16. Who Dares To CAre
17. Dark Avenger
18. Armageddon
Serviço
Show: DARK AVENGER – "Tales of Avalon: The Lament Tour 2014"
Bandas Convidadas: Pastore e Zaltana
Data: 15 de Março de 2014, Sábado
Horário: Portas – 17h30min / Show – 18h
Local: Clash Club (www.clashclub.com.br)
Endereço: Rua Barra Funda, 969 - Santa Cecília, São Paulo - SP
Telefone: (11) 3661-1500
Classificação etária: 16 anos
Capacidade: 800 pessoas
*A organização do evento não se responsabiliza por ingressos comprados fora do site e pontos de venda oficiais.
Preços
PISTA - R$ 30,00 (Promocional/Meia Entrada)
CAMAROTE – R$ 45,00 (Promocional/Meia Entrada)
Online
Ticket Brasil – https://ticketbrasil.com.br/show/darkavenger-sp/ingressos/, em até 12 vezes no cartão (Visa / Master) ou à vista por boleto bancário.
Ponto de venda
Galeria do Rock – Animal Records - Ponto de venda sem taxa de conveniência.
Loja Animal Records – Rua Vinte e Quatro de Maio, 62 - Lojas 367/369 - São Paulo (SP) – Telefone: (11) 3223 – 6277.
Horário: Segunda à sábado das 10h às 19h.
Formas de pagamento: Dinheiro, Débito e Crédito à vista nos cartões Visa, MasterCard, American Express, Diners Club International, Elo.


Fonte: Dark Avenger: mais informações sobre o show de São Paulo http://whiplash.net/materias/news_817/199483-darkavenger.html#.UyNtV2JdUhM#ixzz2vyO5l600

quarta-feira, 12 de março de 2014

Pink Floyd: entenda o "estilo Gilmour" de tocar guitarra

Defendo que, em se tratando de guitarra, velocidade não é tudo. 

Claro que tocar em alta velocidade às vezes não é nenhum demérito; 

gosto de guitarristas como Paul Gilbert, Steve Vai, Joe Satriani

Andy Timmons, entre outros. Mas Gilmour é um caso à parte, seu estilo melódico

é único, incomparével...é David Gilmour e pronto!!

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Antes de ter qualquer noção sobre escalas, técnicas e outros assuntos sobre guitarra, Gilmour foi o cara que me deu um soco no estômago com aqueles solos longos, feéricos e cheios de feeling. Mas vamos ao que importa: o "estilo David Gilmour" de tocar guitarra.
Antes de mais nada, as linhas a seguir talvez soem um tanto "técnicas", talvez didáticas, mas de fácil entendimento. Analisando o modo como Gilmour toca durante onze anos, pude concluir que ele tem suas bases fincadas no blues, o que é bastante óbvio, e mais óbvio ainda é o fato de ele querer preencher cada compasso da música com o mínimo de notas (em algumas ocasiões).
Mas percebam bem: é complicado "dizer muito" na música com tão poucas notas. Para isso, Gilmour se vale de alguns artifícios. Primeiro, a famigerada escala pentatônica, escala que persegue os guitarristas até a morte. Através dela, Gilmour criou seus próprios licks (desenhos de escalas).
No segundo solo de "Comfortably Numb" é possível notar essa questão sobre licks: notem as partes que ele começa a solar nas cordas mais agudas e termina a escala na corda mais grave (mi). Isso é uma de suas marcas registradas. Guitarristas atuais, como John Petrucci, costumam fazer o inverso, saindo das cordas mais graves para as mais agudas.
Agora, duas ferramentas importantíssimas que perfazem seu estilo: bends e vibratos. Cada guitarrista tem sua pegada própria ao executar bens e vibratos, mas no caso de Gilmour isso chega a ser absurdamente notório. E a coisa fica melhor ainda quando ele executa as duas técnicas ao mesmo tempo, como no solo de "Sorrow". O que quero dizer é: Gilmour estica a corda até certo tom e executa o vibrato, conferindo mais "dramaticidade" aos seus solos.
E, em certos momentos,ele "sufoca" os ouvintes com as chamadas "pausas", técnica típica do blues. Nesse caso, o solo de "Another Brick in the Wall (Part 2)" é emblemático. E, para não me estender muito, finalizo com os arpejos. Quando Gilmour sola, ele geralmente pensa em cada nota preenchendo os acordes da progressão harmônica. Exemplo disso é "Time", em que ele desfila arpejos durante quase toda a música. Em outras palavras, arpejar significa tocar cada nota respeitando as notas que compõem determinado acorde. Agora junte tudo isso ao seu bom gosto em relação a timbres e pedais de efeito.
Às vezes, o difícil é fazer o que aparenta ser fácil e, acreditem, apesar da aparente simplicidade, quem estuda guitarra há de concordar: tocar os solos de Gilmour e, principalmente, tocar com a mesma intenção do guitarrista, não é tarefa das mais fáceis.


Fonte: Pink Floyd: entenda o "estilo Gilmour" de tocar guitarra http://whiplash.net/materias/opinioes/199358-pinkfloyd.html#.UyBIpGJdUhM#ixzz2vm5GcHsg

terça-feira, 11 de março de 2014

Gibson: a história por trás de Stairway To Heaven


Oito de novembro de 1971. Esta é a data em que o LED ZEPPELIN lançou o álbum Led Zeppelin IV e um disco promocional para as rádios FM daquele tempo com uma canção que se tornaria o hit mais tocado em rádios do mundo inteiro, "Stairway To Heaven". Por muito tempo foi um improvável sucesso por causa dos seus longos 8 minutos de duração.
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"Stairway To Heaven", que a lenda da Gibson Les Paul Jimmy Page descreveu como "cristalizadora da banda", começou a tomar forma em 1970 durante as férias de Page e do vocalista Robert Plant no interior do país de Gales em um chalé chamado Bron-Yr-Aur. Page lá desenvolveu a parte acústica da canção e Plant escreveu os versos iniciais. Tempos depois a banda se reuniu em um ensaio em Headley Grange e começou a construir a canção em East Hampshire, na Inglaterra. Jimmy Page tinha partes diferentes entre o elétrico e o acústico que sentiu que poderiam ser relacionadas ao tema inicial. Enquanto tentou ligar as seções juntamente com o baterista John Bonham e o baixista John Paul Jones, o guitarrista se isolou num canto, escrevendo. Quando se levantou e começou a cantar, aproximadamente 80% da letra de 'Stairway To Heaven" estava completa.
LED ZEPPELIN montou o ritmo básico da música em dezembro de 1970 no Basing Street Studios em Londres. No início de 1971, Robert Plant compôs seus vocais em Headley Grange. Page ainda alterou seus solos. A coisa não estava legal. Segundo John Paul Jones, era visível a preocupação nos olhos de Jimmy Page. Então, Jones quebrou a tensão se virando para o mago daguitarra e dizendo "você está me deixando paranóico". Page devolveu, "VOCÊ está me deixando paranóico". E com o ar limpo pelas gargalhadas Jimmy cravou a arquitetura elaborada do solo em algumas passagens a mais.
A primeira exibição ao vivo de "Stairway To Heaven" foi em 5 de março de 1971, bem antes do lançamento de Led Zeppelin IV, quarto álbum da banda e onde a música foi incluída. Declaradamente levou algumas semanas para a melodia conquistar os fãs, mas quando o grupo apareceu no cinema London´s Paris em abril para uma gravação de um concerto para a BBC, ela deixou o público louco.
Uma das assinaturas visuais da canção é Page empunhando uma guitarra Gibson EDS-1275 dupla sobre seus ombros. Mas mais importante do que o visual da guitarra é a sua funcionalidade. A EDS-1275 o salvou do problema de ficar trocando de guitarra de 6 cordas por outra de 12 cordas nas apresentações. Em 2007 a Gibson Custom Shop construiu 250 guitarras EDS-1275 Vintage assinadas por Jimmy e modeladas com o vermelho original como em 1971.
O que muitos não sabem é que a gravadora Atlantic pressionou a banda a editar "Stairway To Heaven" para ter um comprimento mais "amigável" para as rádios, visando o lançamento do álbum Led Zeppelin IV em novembro de 1971, pois assim ela poderia ser enviada a programadores como um single convencional. Mas a banda foi firme em recusar. "Stairway To Heaven" foi uma obra de arte totalmente realizada, eles alegaram. Assim, a Atlantic teve que se contentar em abastecer as rádios com um EP - um incrível EP. No lado A estava "Stairway" e no lado B "Black Dog" e "Rock n´Roll".
Perto do ano 2000, foi estimado que "Stairway To Heaven" foi tocada mais de três milhões de vezes no rádio e continua sendo uma das mais populares partituras de rock, vendendo cerca de 15 mil cópias por ano. No entanto, ela ficou apenas em 31º lugar na lista das "500 maiores canções de rock de todos os tempos" da Revista Rolling Stone em 2004, embora a Guitar World tenha classificado como número 1 o impressionante solo de Jimmy Page na lista dos "100 maiores solos de guitarra da história do Rock n' Roll".
"Stairway" não é a única faixa épica no disco Led Zeppelin IV. O cover de MEMPHIS MINNIE (cantora e compositora de blues norte americana), "When The Levee Breaks", também cronometrado em mais de sete minutos e também conta com sequências de violão e gaita. Outra canção, "The Battle of Evermore", também conquistou a influência idílica de Bron-Yr-Aur e "Misty Mountain Hop" e "Four Sticks" acrescentaram ao álbum um lado visceral enquanto "Going To California" exibe a maestria da banda com um blues dinâmico. O álbum Led Zeppelin IV chegou ao número dois da Billboard, mas "Stairway To Heaven" dominou as paradas de rádio durante triunfantes 44 semanas.
Page ainda considera a música um marco. "Todo músico quer fazer algo de qualidade duradoura, algo que ficará por aí por um longo tempo. Acho que nós fizemos isso com Stairway", disse ele ao jornalista musical e cineasta Cameron Crowe em 1975.


Fonte: Gibson: a história por trás de Stairway To Heaven http://whiplash.net/materias/curiosidades/166366-ledzeppelin.html#.Ux7-82JdUhM#ixzz2velG2JNv

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Grandes Bateristas

Mike Portnoy: o top 25 de bateristas da Modern Drummer

"Como muitas pessoas estão perguntando, o novo Top 25 na lista da "Modern Drummer" dos 50 
maiores bateristas de todos os tempos ficou assim:
1. Buddy Rich (RIP)
2. John Bonham (RIP)
3. Neil Peart
4. Tony Williams (RIP)
5. Elvin Jones (RIP)
6. Steve Gadd
7. Vinnie Colauita
8. Keith Moon (RIP)
9. Ringo Starr
10. Gene Krupa (RIP)
11. Mike Portnoy
12. Stewart Copeland
13. Max Roach (RIP)
14. Jeff Porcaro (RIP)
15. Billy Cobham
16. Papa Jo Jones (RIP)
17. Bill Bruford
18. Roy Haynes
19. Philly Joe Jones (RIP)
20. Art Blakey (RIP)
21. Phil Collins
22. Dave Weckl
23. Ginger Baker
24. Terry Bozzio
25. Bernard Purdie
Devo dizer (como sempre): não existe "melhor", existe apenas "favorito", pois é tudo tão subjetivo... mas de qualquer maneira, é uma honra ser reconhecido ao lado de muitos dos meus heróis e sou grato por uma confirmação tão incrível.
Não é apenas sobre técnica... uma lista como esta também considera o impacto e a influência que esses bateristas têm sobre bateristas jovens e iniciantes. Para mim, esse reconhecimento é o maior elogio que posso receber. Por isso, agradeço a todos e a cada um de vocês por me ouvir! Todos vocês são a razão pela qual que eu trabalho tanto!"
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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Bill Ward falando sobre Bonham...inacreditável!!!!!!

O afastado baterista do BLACK SABBATH, Bill Ward, deu um grande aviso aqueles que esperam fazer carreira na música, dizendo-os para ler seus contratos com cuidado.
Ward ficou de fora da reunião da formação original do grupo em 2013 após não achar seu contrato "assinável" - descrevendo-o como uma das mais difíceis decisões de sua vida
Ele apareceu neste último final de semana no Bonzo Bash, que acontece todos os anos no NAMM, na Califórnia, para comemorar a vida do falecido baterista do LED ZEPPELIN, John Bonham. Aceitando um prêmio por suas conquistas em vida, o veterano baterista disse: "Eu apoio os estudantes, eu apoio todas as crianças aprendendo a tocar bateria. Eu os apoio de todas as formas. Eles precisam olhar para seus futuros com muito cuidado. O baterista tem que cuidar de si mesmo."
Sobre suas memórias de John Bonham, Ward lembrou da habilidade do baterista com os pés, dizendo: "Ele dançava como um boxeador, e o que ele fazia com a bateria era inacreditável."
"Ele costumava testar seu bumbo, e eu ia com ele. Ele ia até o clube onde ia tocar e falava: 'Fique a 10 pés do bumbo.' Eu ficava nesta distância e então ele tocava. Eu sentia um soco na barriga que nunca vou esquecer. Era assim que você se sentia em frente ao bumbo de John Bonham - e isso quando ele só tinha 16 anos de idade."
Lembrando-se dos momentos dos anos 1970 quando os membros do SABBATH e ZEPPELIN tocavam juntos, Ward disse: "Ele começou a tocar e era incrível. Eu pensei: 'Meu Deus, eu me pergunto o que aconteceria se deixássemos ele ter dois bumbos.'"
"Eu me pergunto como ele seria tocando ao lado dos caras do metal e do thrash nos dias de hoje. Se alguém quiser aprender bateria, eu recomendo ouvir John Bonham."

John Paul Jones

Apesar de ser o menos amado, talvez o mais subestimado de todos os seus elementos, John Paul Jones sempre foi uma usina de talento e peça fundamental na engrenagem deste monstro sagrado do rock que se chama Led Zeppelin. Todas as viúvas (muitas delas hidrófobas) só clamam pela memória de Page, Plant e Bonzo e esquecem deste músico fantástico, que faz um trabalho ainda hoje instigante e atual, como se pode comprovar ouvindo o maravilhoso Zooma, seu cd solo lançado em 99.

Depois que a vaca foi pro brejo com as quarenta vodkas de Bonzo, pouco se ouviu falar de John Paul Jones. Enquanto Plant iniciava uma carreira solo de relativo sucesso e Page tentava aqui e acolá voltar ao que fora, Jones voltou às origens de arranjador e sessionman, abandonando os holofotes e desenvolvendo trabalhos com músicos do calibre de Paul McCartney e Brian Eno. Fez algumas trilhas de filme, muitos arranjos e experimentou um pouco de música eletrônica.
Alem de um baixista excepcional, conhece música como poucos e é um tecladista bastante razoável. A verdade é a seguinte: ao invés de ficar correndo atrás de um qualquer e vivendo de um passado que não volta mais, o homem foi em frente e fez um excelente disco instrumental de música contemporânea, onde arrasa no baixo de doze cordas na companhia dos não menos inspirados Pete Thomas (bateria) e Trey Gunn (guitarras e zilhões de efeitos). É um tapa na orelha cheio de inteligência, que muitas vezes lembra as melhores coisas do King Crimson onde lirismo e brutalidade se misturam na medida certa. O homem está impossível no baixo, no auge da forma e da criatividade, o que prova que qualidade não é questão de idade e sim de maturidade e talento.
É lógico que o  clube vai odiar o disco, afinal de contas fã gosta de coisas imutáveis onde reconheça e se reconheça na idolatria. Pergunte a um fã de Jerry Adriani se ele pode parar de cantar "doce amor". É a mesma coisa, tanto faz seja da Emilinha, Cauby ou Led Zeppelin, a cegueira de quem não suporta a evolução natural do talento é uma constante. Todo cuidado é pouco quando se chega perto da bitolação da alma e da mente. Um verdadeiro perigo que beira o reacionarismo (olha o Nazismo aí gente!)
O disco é nitroglicerina pura e bastante pesado. Algumas faixas são antológicas como "Goose" onde o baixão de dez cordas é espancado num vigoroso solo altamente vitaminado acompanhado por uma bateria simplesmente alucinante que faz lembrar Bill Bruford ou o Ginger Baker dos áureos tempos. Bass'n'Drums é um estimulante diálogo onde Jones pode mostrar toda a evolução de sua técnica que muitas vezes ficou obscurecida no grupo de origem. Pelo menos muito pouca gente citava isto na época.
Nascido em 3 de Janeiro de 1946, John Paul Jones foi arranjador e produtor de muita gente boa antes de entrar pro Led Zeppelin (Jeff Beck, Herman Hermits, Graham Gouldman, Donavan etc...) e está preparando um disco novo com os mesmos acompanhantes. Se mantiver o nível deste está valendo e muito.
Não é por nada não, mas tocando deste jeito e com essa criatividade nas composições pode até babar ou desmunhecar que isso não tem a mínima importância.
Não é o Led Zeppelin, mas está à altura do Led Zeppelin. Dá pra entender não dá? Ah! Antes que eu me esqueça, esta coluna foi escrita com Zooma explodindo nos fones!

Led x Tyler

Steven Tyler: "nunca esquecerei a audição para o Zeppelin"

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Quando o LED ZEPPELIN estava pensando em fazer uma turnê sem Robert Plant, a banda fez uma audição com Steven Tyler para o posto de vocalista, mas Joe Perry, guitarrista do AEROSMITH, revelou que o teste não foi tão bom. De acordo com a revista Classic Rock, Jimmy Page contou a Joe que os ensaios foram "catastróficos" pois Steven não conhecia muito bem as músicas do ZEPPELIN.
No entanto, em 2010, quando Steven contou a Dave Basner da VH1 Radio Networks sobre a audição, deu a entender que estava bastante familiarizado com as músicas da banda: "O garoto em mim estava morrendo", Tyler disse à VH1 Radio Networks. "Cantei todas as músicas de 'Black Dog' e nunca vou esquecer isso enquanto viver."
Só que Page se sentiu "esquisito" com a situação e disse que os caras do ZEP decidiram reprovar Steven. Tyler falou à VH1 Radio Networks sobre essa decisão: "Não acho que uma banda dessa precisa de um vocalista como eu. Eles já tinham o melhor, eram os melhores, na verdade não há um gênero para o qual o LED ZEPPELINseja algo além do LED ZEPPELIN. Já tenho o AEROSMITH, estou fazendo minhas coisas, Robert Plant está fazendo o que quer, então acho que não havia mesmo espaço para aquilo."

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Guitarristas mais influentes de todos os tempos

O critério utilizado para eleger os sete guitarristas mais influentes de todos os tempos é esse: influência. Não se trata do mais técnico, ou de quem tenha mais feeling, ou quem faz as melhores caretas - não se trata nem do meu gosto pessoal na verdade. O que foi levado em conta aqui é a ousadia, a criatividade, a influência nas gerações posteriores, e claro, a época em que cada um viveu (ou criou esse novo conceito). Também procurei me ater ao rock n´roll - logo nomes como dos geniais ALLAN HOLDSWORTH e WES MONTGOMERY não aparecem por aqui. Por último vale ressaltar; trata-se de uma lista de apenas sete nomes e a escolha é baseada em listas de publicações internacionais e livros sobre o assunto. Então, lá vai.

7 - TONY IOMMI

No documentário “A Headbanger´s Jouney”, ROB ZOMBIE disse que todo riff de metal sobre a face da terra já tinha sido inventado por TONY IOMMI - segundo ele, todos os outros eram variações daqueles primeiros. Nada mais verdadeiro: com a introdução do trítono feita pelo guitarrista inglês ele não só compôs obras de arte como “Black Sabbath” “Symptom Of The Universe (alguns dizem, o primeiro thrash da história”), “como alimentou” MUSTAINE, KERRY KING, HETFIELD - enfim, você toca heavy metal? Então você também.

6- CHUCK BERRY

Nada mais notório - se não fosse por esse cidadão, essa lista nem existiria. Com influências de T-BONE WALKER, MUDDY WATERS e country music, BERRY criou a primeira indústria de riffs clássicos da história, tocando uma versão turbinada do blues de Chicago - chamado de rock n´roll. Colocando sua guitarra à frente do som, transformou-a em um instrumento solista, fundindo sua incendiária postura de palco a riffs da categoria de “Johnny B. Good” e “Sweet Little Sixteen”. KEITH RICHARDS, PETE TOWNSHEND, JOHN LENNON entre muitos outros, beberam direto dessa fonte.

5 - JEFF BECK

No quesito influência, JEFF BECK fez toda a diferença. Nas várias fases de sua carreira, BECK passeou entre o blues, o fusion e o rock rasgado e visceral com igual maestria. Sua técnica de alavanca e controle manual de volume fez a alegria de STEVE VAI, SATRIANI e companhia. Seu incrível controle dos dedos - ele não usa palheta - é influência notória na abordagem que MARK KNOPFLER (que também resgatou isso de gente do calibre de CHET ATKINS). “Blow By Blow”, seu mais notório trabalho, foi elogiado por todo mundo - de BRIAN MAY a FRANK ZAPPA. Precisa mais?

4 - JIMMY PAGE

“Ele compunha, tocava, produzia as músicas- não consigo pensar em outro guitarrista desde LES PAUL que possa reivindicar algo parecido”. Essa afirmação partiu de JOE PERRY ao resenhar sobre JIMMY PAGE para a Rolling Stone (fevereiro de 2012). PAGE se deu ao luxo de fazer todas as experimentações possíveis em estúdio: slides desgovernados, efeitos em camadas, tocar com arco de violino, etc, etc. Além disso, seus riffs mudaram a história da LES PAUL fazendo gente do gabarito de JOE PERRY, SLASH, JOE BONAMASSA forjar o próprio caminho no instrumento.

3 - RITCHIE BLACKMORE

Quando fiquei sabendo que o SLAYER tinha começado tocando covers do DEEP PURPLE quase não acreditei. Essa é a grande característica dos gênios: fornecer a matéria prima para toda “explosão cósmica” que venha depois. BLACKMORE fundiu o blues cru de BUDDY GUY com a técnica clássica, os arpejos, o pensamento modal - tudo o que a gente adora - e construiu um espólio que conta com composições que vão de MALMSTEEN a RANDY RHOADS, de VINNIE MOORE a KIRK HAMMETT. Só.



2 - EDDIE VAN HALEN
Muitos críticos de Rock and Roll não deram bola para “Eruption” no ano de seu lançamento porque acharam que aquilo era um truque de estúdio - tocado por uma máquina ou algo do gênero. Tocando de uma forma quase intuitiva - influenciado fortemente por ERIC CLAPTON - EDDIE subverteu o blues, turbinando-o com tappings, alavancadas radicais e harmônicos artificiais. Contribuiu decisivamente para a criação da ponte Floyd Rose (que todo mundo usa ou usou depois), popularizou o efeito flanger, inventou técnicas de potencialização dos som e eliminação de microfonia e ainda tinha tempo para beber, pegar um monte de mulher e brigar com LEE ROTH nas horas vagas.

1 - JIMI HENDRIX

É provável que daqui a mil anos essa lista continue sendo encabeçada por esse indivíduo. Por quê? Hendrix criou riffs memoráveis( “Highway Chile”, “If Six Was Nine”), colocou a microfonia a seu serviço (“Foxy Lady”), quase quebrou a alavanca no meio (“Star Spangled Banner”- o hino nacional americano!), misturou o rock e o funk (“Crosstown Traffic’), tronou o wah-wah uma marca registrada no rock (“Voodo Child”) fazia solos com ligados, solava com a boca, botou fogo na guitarra - e só viveu vinte e sete anos!!! E morreu há quarenta e dois!!!!

Os responsáveis são citados no texto. Não culpe os editores do Whiplash.Net. :-)


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Led..


Há 40 anos, esse outdoor apareceu na Sunset Boulevard de Los Angeles. No começo, ninguém fazia a menor idéia de onde raios tinham surgido esse símbolos. Depois de um tempo, descobriram que tratava-se do título do novo disco do Led Zeppelin, mais conhecido como Led Zeppelin IV. Um dos álbuns mais vendidos da história, com uma estimativa de mais de 37 milhões de cópias.
Os membros da banda escolheram um símbolo para representar cada um deles, resultando numa campanha de sucesso que mostra que mesmo com uma mensagem não clara, pode-se atrair atenção. Hoje em dia não vemos muitas bandas deixando seus fãs curiosos com teasers como esse, Led Zeppelin o fez em 1971.

Led Zeppelin IV - Jimmy
O símbolo associado ao guitarrista é associado a uma palavra (ZoSo), essa versão escolhida foi desenhada pelo próprio guitarrista. No entanto, há registros do símbolo pela primeira vez em 1557, no livro Ars Magica Arteficci, um livro de alquimia, e em 1982 no Dicionário de Ocultismo e Símbolos Alquímicos, de Fred Gettings. O símbolo é muito associado à astrologia mas Page nunca revelou publicamente seu significado.
Led Zeppelin IV - Bonham
O símbolo do baterista são os 3 círculos interligados, que representam a trindade de mãe, pai e filho. Também pode ser interpretado como uma bateria, vista de cima. Além disso, o símbolo aparecia na cerveja favorita de Bonham, a Ballantine.
Led Zeppelin IV - Bal
Led Zeppelin IV - John Paul Jones
O símbolo do baixista John Paul Jones é composto por 3 formas ovais que se interceptam e são circundadas por um único círculo. A semelhança entre o símbolo de Paul Jones e Bonham não é mera coincidência, já que no jazz, que é uma das grandes influências da banda, o baixista e o baterista fazem partes interligadas dos ritmos. O símbolo de Jones foi retirado de um livro de runas e simboliza uma pessoa confiante e competente.
Led Zeppelin IV  - Robert Plant
O símbolo de Plant é uma pena, que representa a deusa egípcia Ma’at, que significa verdade, justiça e lealdade. Segundo a mitologia egípcia, Anubis, deus do julgamento e da morte, pega os corações de quem morre e coloca em uma balança, com a pena de Ma’at, se o coração for mais pesado que a pena, a alma da pessoa vai para o inferno, caso contrário, a alma vai para os céus.

Led Zeppelin IV - Maat

Twisted Sister: a importância do Led Zeppelin na vida de Snider

Em sua autobiografia lançada em maio de 2012, ‘Shut Up And Give Me The Mic’, o vocalista do TWISTED SISTER, DEE SNIDER, menciona sua maior influência musical – o LED ZEPPELIN – em várias passagens do livro, das quais duas seguem abaixo, traduzidas para o português.
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“Enquanto o supracitado QUEEN era minha nova banda favorita, vários outros grupos estavam ajudando a me definir como vocalista e performer. Eu adorava a várias bandas da cena do glitter rock. BOWIE, MOTT THE HOOPLE, T. REX, SPARKS [alguém mais curte? Alguém aí?], SWEET, os NEW YORK DOLLS, e outros, eram assíduos no meu toca-discos, mas eis aqui os Big Three:LED ZEPPELINBLACK SABBATH e ALICE COOPER. A banda original de Alice Cooper por sua atitude e qualidade de showman, o Black Sabbath pelos riffs e pela ameaça, e o Led Zeppelin… porque todos os membros da banda são deuses!
Se qualquer banda pode ser responsabilizada por me levar pro lado mais pesado, essa é o Led Zeppelin. Se qualquer vocalista pode ser responsabilizado por me mandar berrar pra estratosfera, é o fabuloso Robert Plant. Eu tinha um pôster de Robert pendurado em cima da minha cama ao longo do ensino médio, então eu literalmente me curvava para saudá-lo toda vez que eu ia para a cama. E se eu, como vocalista, era conhecido por algo, era por fazer uma bela imitação de Robert Plant.
A cena dos bares e casas noturnas da região metropolitana da grande Nova Iorque girava em torno de bandas cover. Não havia virtualmente nenhum lugar para se tocar material original próprio, e o público também não queria ouvir nada. Triste, na verdade. As bandas deveriam ser jukeboxes humanas, tocando as músicas que as pessoas conheciam e queriam ouvir. Os sucessos. Quando se tratava de bandas e de rock, ninguém era maior do que o Led Zeppelin.
As bandas se matavam para tocar as versões mais fiéis o possível das músicas do Zeppelin, e as plateias exigiam isso. Tocar Led Zeppelin nas coxas era um sacrilégio. O engraçado é que eu me lembro de ter assistido ao Led Zep na turnê deles de 1977 e ficar impressionado como ‘infiéis’ eles eram ao vivo. Desculpem-me, garotos, mas se uma banda de bar tocasse a música de vocês do jeito que vocês a tocaram naquela noite, seus membros teriam sido cobertos de piche, depois penas e então expulsos da cidade. É sério. Tendo dito isso, se uma banda de bar conseguisse tocar Led Zeppelin decentemente, eles arrumavam trabalho, e o fato de eu poder mandar muito bem no Led Zeppelin sempre me garantiu.” [...]
Mais adiante, ele elabora:
LIÇÃO DE VIDA DE DEE
“O show sempre vem em primeiro lugar; precisão e qualidade ficam bem depois disso. Você pode deixar pra tocar e soar bem nos seus discos. Eu aprendi isso com o Led Zeppelin aquela noite.”


Fonte: Twisted Sister: a importância do Led Zeppelin na vida de Snider http://whiplash.net/materias/news_819/196467-twistedsister.html#.UuZ2ZdK5diw#ixzz2rc0XCaAB

Tina S: 14 anos, detonando "The Best of Times", do Dream Theater

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Kiko Loureiro: tocando Dee, em homenagem a Randy Rhoads

O guitarrista brasileiro Kiko Loureiro e músicos do mundo todo fizeram história no evento Randy Rhoads Remembered, na Califórnia. O músico brasileiro participou de uma jam de 12 violões, tocando a introdução de Dee.

Kiko também tocou músicas elétricas com a guitarra modelo Karl Sandoval de Randy, com amplificadores Marshall. O evento foi uma homenagem ao músico morto em um acidente de avião em 1982.
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Randy é descrito por Ozzy Osbourne como um músico habilidoso e um amigo incrível. Sua habilidade com a guitarra elétrica é comparável a de Eddie Van Halen, um dos mitos do rock e do hard rock.
Confira o vídeo de Kiko Loureiro tocando Dee com 12 músicos.


Fonte: Kiko Loureiro: tocando Dee, em homenagem a Randy Rhoads http://whiplash.net/materias/news_819/196671-kikoloureiro.html#ixzz2rbwbZRnN

Marty Friedman: "Goodbye To Romance" em homenagem a Randy Rhoads


No último dia 25 de janeiro, o evento Randy Rhoads Remembered fez uma homenagem aos 32 anos da morte do guitarrista que fez história ao lado de Ozzy Osbourne em sua carreira solo. Músicos de todas as partes do mundo participaram do show em Santa Ana, na Califórnia, EUA.
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O guitarrista Marty Friedman, ex-Megadeth, participou do espetáculo tocando Goodbye To Romance, do clássico Blizzard of Ozz.
O músico brasileiro Kiko Loureiro também participou do especial, tocando o clássico kit de Randy com a guitarra Karl Sandoval Polka Dot Flying V.
Confira o vídeo da participação de Marty no show.


Fonte: Marty Friedman: "Goodbye To Romance" em homenagem a Randy Rhoads http://whiplash.net/materias/news_819/196652-martyfriedman.html#.UuZyx9K5diw#ixzz2rbvnF6IX

Led Zeppelin: as crianças da capa de "Houses Of The Holy"



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A capa surreal de "Houses of the Holy", do Led Zeppelin, que tem crianças de cabelo dourado engatinhando num cenário apocalíptico, é uma das mais simbólicas imagens da história do rock. Mas enquanto a imagem já é familiar ao mundo inteiro, o que poucag ente sabe é que o menino que aparece na fotomontagem é agora um conhecido apresentador de televisão.
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A matéria a seguir é cortesia de Rick Hewett, do Dailymail.co.uk.
Stefan Gates, do programa da BBC2 Cooking In The Danger Zone (“Cozinhando na Zona de Perigo”), tinha só cinco anos quando ele e sua irmã Sam foram fotografados nus no Giant’s Causeway, Irlanda do Norte. A história foi revelada enquanto o Led Zeppelin se preparava para o concerto do dia 10 de dezembro de 2007, cujos 20 mil ingressos foram disputados por mais de 1 milhão de pessoas.
Hoje, Stefan, 40 anos, viaja por alguns dos mais perigosos lugares do mundo em seu programa, onde participa da preparação e degusta pratos exóticos. Mas a lembrança das sessões de fotos nos dez dias chuvosos em County Antrim está viva em sua memória.
Ele seguiu Sam, que agora tem 42 anos, como modelo infantil, depois de ela ter sido descoberta por um caçador de talentos. Eles posaram juntos em propagandas de malhas e apareceram separadamente em comerciais e novelas e séries de TV, incluindo “Poldark”.
Comendo ratos na Índia
Comendo ratos na Índia

Preparando carne de leão marinho estragada no Canadá
Preparando carne de leão marinho estragada no Canadá

Com cogumelos radioativos (mas ainda comestíveis) nas proximidades de Chernobyl
Com cogumelos radioativos (mas ainda comestíveis) nas proximidades de Chernobyl
Stefan diz: “Ganhamos algum dinheiro como modelos e a chance de viajar por lugares em que não havíamos estado antes. Nossa família não estava bem, não tinha condições de tirar férias, então isso acabou sendo muito bom pra nós.”
“Para a capa do Led Zeppelin, fomos para a Irlanda justamente na época do Troubles (um período político muito violento, que durou de 1960 a 1998). Eu me lembro de quando chegamos ao aeroporto e vimos aquele monte de gente com armas. Ficamos numa hospedaria próxima ao Giant’s Causeway para aproveitar a magia da luz do amanhecer e do anoitecer.”

Fonte -whiplash.net

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

MOTORHEAD MAIS VIVO QUE NUNCA!!

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Não é difícil falar de MOTÖRHEAD para quem sabe o que esperar deles. Mesmo quase 40 anos após o lançamento de seu primeiro disco, a banda ainda lança álbuns relevantes, que de tão consistentes, não perdem muito para os geniais "Overkill", "Bomber", "Ace of Spades" e "Iron Fist", por exemplo.
Aproximadamente três anos depois do lançamento de "The Wörld Is Yours", o MOTÖRHEAD nos presenteia com "Aftershock", para alívio dos fãs que torcem pela saúde de Lemmy.
Quem produziu o disco novamente foi Cameron Webb, que não arrisca nem compromete. Desta forma, este disco tem a sonoridade bastante semelhante aos quatro últimos.
Sem maiores delongas, o disco abre com "Heartbreaker", que já chega mostrando que o Lemmy, Campbell e Dee ainda têm muita lenha pra queimar. É uma música empolgante, com o pé no acelerador, direta, pesada e com bom refrão, onde Lemmy mostra que apesar das limitações que a idade começa a lhe impor, ainda é um cantor incrível.
"Coup de Grace" mantém o nível elevado do disco. Apesar de pesada, é uma música toda 'swingada', com um feeling incrível. É uma música charmosa, mas agressiva, um ‘rockzão’ puro e simples do jeito que só o MOTÖRHEAD sabe fazer. Nesta faixa a banda mostra todo seu entrosamento e ainda somos brindados com um excelente solo de Phil Campbell, um dos melhores do disco.
Na sequência, como o próprio nome sugere, temos a típica faixa de blues do disco "Lost Woman Blues". Com a interpretação soberba de Lemmy, não é difícil imaginá-lo cantando-a melancólico em um pub enfumaçado pedindo mais uma dose de Whiskey com um cigarro no canto da boca. A música ainda possui melodias marcantes e uma 'cozinha' simples, mas bem posicionada. Mesmo pesando mais ao final, esta faixa serve como um refresco para os ouvidos que serão tão surrados (No bom sentido) no restante do disco.
"End of time" é tão direta quanto um soco na cara, sem tempo para firulas ou partes elaboradas, ainda assim apresenta um curto, mas excelente solo, daqueles que é quase impossível não acompanhar no 'Air Guitar'. "Do You Believe" segue esta mesma linha, sendo um ‘rockzão’ cru e direto, com destaque para as belas intervenções de Phil Campbell.
"Death Machine" tem uma pegada totalmente Heavy, mas passa um pouco mais despercebida depois de uma sequência de músicas nessa mesma linha. Não entendam errado, ela não é uma música fraca, talvez apenas esteja mal posicionada, mas tem riffs pesadíssimos e bumbos bem encaixados de Mikkey Dee.
A balada "Dust and Glass" é melancólica e emotiva, com Lemmy totalmente à vontade e Campbell rasgando seus solos por todos os cantos. É uma das mais distintas do álbum e têm leves influências de ZEPPELIN aqui, outras de SABBATH acolá.
"Going to Mexico" é uma sequencia natural para "Going to Brazil". Uma música pesada do inicio ao fim, sem pausa para respirar, com um refrão que fica na cabeça e uma boa atuação de todos os músicos. Se não é a melhor do disco, ao menos é uma das mais pesadas.
"Silence When You Speak To Me" tem uma boa pegada, um ‘rockzão’ básico e direto como é comum de se encontrar em discos da banda, mas sem muito a destacar. Uma boa música. Já "Crying Shame" tem uma pegada Hard Rock bem empolgante e me lembra um pouco a época do "Hammered", com direito a teclados discretos no refrão, um belíssimo solo de Campbell e uma boa pegada de Lemmy e Mikkey Dee. Peca apenas por acabar em 'Fade Out', o que nao combinou com a pegada da música.
"Queen of the Damned" é menos polida, se é que se pode pensar isso das demais músicas, mas essa é ainda mais 'sujona' e nos remete facilmente aos discos clássicos da banda, com Lemmy moendo seu baixão à la "Ace of Spades". Este mesmo Lemmy escarra "Knife" com seu vozeirão rouco em uma de suas melhores interpretações no disco, com destaque para Campbell e seus riffs empolgantes, que constroem uma excelente ponte para um potente solo de guitarra.
"Keep Your Power Dry" é totalmente Hard Rock, daqueles que chegam a ser dançantes, à lá KISS. Simples, eficiente e cheia de feeling.
A pesadíssima "Paralyzed" fecha o disco da mesma forma que ele foi iniciado, quebrando tudo. Os músicos estavam com a faca nos dentes e terminaram o álbum de maneira fantástica, com todos os músicos dando o máximo de si. Até Mikkey Dee que se mostrou mais contido que o normal neste disco deve ter desmontado sua bateria nesta música. Excelente escolha para encerrar o disco.
Não adianta dizer que este disco é um soco na cara de quem não acreditava mais em Lemmy, ele não precisa que ninguém acredite nele, apenas precisa pegar seu baixão e fazer o que sempre soube fazer com perfeição. Este disco não precisa provar nada pra ninguém, é MOTÖRHEAD simples e puro, como tem sido nos últimos 40 anos e que continue sendo até que Lemmy aguente.
Se você curtiu "Inferno", "Kiss of Death", "Motörizer" e "The Wörld Is Yours", certamente irá gostar de "Aftershock". Escute com o volume no talo!
Motörhead – Aftershock (UDR GmbH – 2013)
Track List:
1 - "Heartbreaker"
2 - "Coup De Grace"
3 - "Lost Woman Blues"
4 - "End Of Time"
5 - "Do You Believe"
6 - "Death Machine"
7 - "Dust And Glass"
8 - "Going To Mexico"
9 - "Silence When You Speak To Me"
10 - "Crying Shame"
11 - "Queen Of The Damned"
12 - "Knife"
13 - “Keep Your Powder Dry"
14 - "Paralyzed"

Outras resenhas de Aftershock - Motorhead



Fonte: Resenha - Aftershock - Motorhead http://whiplash.net/materias/cds/191620-motorhead.html#ixzz2jgSKDONT

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Arrebentaram!! Kiara Rocks

Kiara Rocks recorre a covers e leva ex-membros do Iron e Charlie Brown


Banda enfrentou exigentes fãs de metal e foi aplaudida no Rock in Rio.
Novatos tocaram AC/DC, Ramones e mais com Paul Di'Anno e Marcão.

Rodrigo OrtegaDo G1 Rio
54 comentários
O Kiara Rocks, banda menos conhecida entre as brasileiras no Palco Mundo do Rock in Rio 2013, teve a inglória tarefa de tocar neste domingo (22) para o tradicionalmente exigente público metaleiro do Rock in Rio. Com alguma coragem, força no vocal "rasgado" e participação supresa do ex-vocalista do Iron Maiden Paul Di'Anno e do ex-guitarrista do Charlie Brown Jr. Marcão, conseguiram sair aplaudidos ao fim de uma hora de show. O show começou pouco depois das 18h30.
Os fãs de metal do Rock in Rio são responsáveis por históricas vaias no festival, como a Carlinhos Brown, em 2001, e à também novata Gloria, em 2011. "A gente sabe que é difícil abrir para uma banda chamada Slayer", admitiu no palco o cantor Cadu Pelegrini. No mesmo discurso, falou contra políticos brasileiros, jogada fácil para ganhar aplausos no evento.
O show começou com imagens no telão do filme cult de terror dos anos 50 "A morte veio do espaço", em vídeo fora de sincronia. A banda pareceu nervosa, e Cadu teve problemas com a guitarra, tentando afinar e ajustar o amplificador durante o show.
Com "Ace of spades", do Motörhead, na entrada - e Cadu de chapéu como Lemmy - conseguiram simpatia inicial. Houve outros momentos de falhas nas guitarras, mas aos poucos eles ficavam mais à vontade.
Quando chamou Di'Anno e Marcão, o Kiara Rocks atirou para todos os lados em clássicos do rock pesado em sequência de "Highway to hell", do AC/DC, e "Blitzkrieg bop", dos Ramones e "Wrathchild", do Iron Maiden.
Se o público de metal é exigente com novatos ou músicos de outros estilos, com nomes consagrados é o contrário. Mesmo com o ex-Iron Maiden mancando e com a voz cambaleante, os presentes se entusiasmaram.
Cadu se esforçou no vocal rasgado, que aproximava mais o hard rock do grupo ao metal dominante da noite. Na única música em que cantou uma parte com vocal normal e mais melodioso, foi quase ignorado ao final. Perto deste momento, um homem na plateia apareceu no telão fazendo sinal negativo. Foi a única reação do tipo vista pela reportagem.
Além das covers, a banda tocou oito músicas próprias, todas do disco "Daqui por diante", de 2013. As músicas, desconhecidas pelo público, não causaram muita reação, mas foram aplaudidas no final. O público até fez coro de "Kiara, Kiara", no fim do show.
Cadu anunciou muito ofegante a última música, "Últimos dias". Antes de cantar, bebeu um gole de uísque direto da garrafa e saiu distribuindo "obrigados" sem parar, são e salvo após ser jogado às feras do metal.